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Uma resenha cafeinada, com curiosidades, opinião na medida e aquela teoria conspiratória que não pode faltar.

Primeira tragada ☕

Pausa na correria de 24 de junho de 2025: a esta altura, todo mundo já pode maratonar Ruptura (ou Severance) inteira, porque a 2ª temporada foi concluída em março. Aqui, porém, vamos focar na estreia da série — aquela que nos deixou tão eufóricos que pulamos direto para o episódio 2×01, como quem sai da 1ª temporada de Prison Break e aperta “próximo” sem respirar.

Premissa refrescante para mentes millennial cansadas: funcionários da Lumon dividem suas memórias em “innie” (dentro do escritório) e “outie” (fora dele). A ideia de desligar a cabeça no trabalho parece tentadora… até que o botão de “desligar” emperra.


Recap rápido (Contém Spoilers)

Mark Scout entra no esquema para fugir do luto, mas a chegada de Helly esburaca a fachada perfeita da Lumon. Entre números “assustadores”, cabras em corredores labirínticos e o livro de autoajuda de Ricken virando manifesto operário, a temporada culmina com o Protocolo OTC: os innies acordam no mundo real e cada personagem descobre algo que muda tudo — Helly é herdeira da empresa, Irving procura Burt além das paredes e Mark grita para o mundo que a esposa está viva. Cliffhanger de derrubar café no colo.


Curiosidades que valem um refil

Trivia
Roteiro de porta em portaDan Erickson escreveu o piloto em 2012 enquanto trabalhava… numa fábrica de portas. As reuniões corporativas bizarras que ele vivia viraram carne-de-roteiro. theringer.com
Design anacrônicoO designer Jeremy Hindle misturou escritórios dos anos 60-80, inspirou-se no Bell Labs e no QG da John Deere e montou 140 m de corredores moduláveis em estúdio para criar a sensação de labirinto sem fim. motionpictures.org
Cameo que quase foi presidencialBen Stiller convidou Barack Obama para dublar o prédio animado da Lumon; o ex-presidente recusou e o papel acabou nas cordas vocais de Keanu Reeves — voz não creditada que aparece logo no 2×01. menshealth.comdecider.com
Maratona de estreiaA 2ª temporada estreou em 17 jan 2025 e lançou episódios semanais até 21 mar 2025, consolidando Ruptura como a série mais assistida da história da Apple TV+. apple.comen.wikipedia.org

Minha impressão (e a nota revisada)

Ruptura joga uma isca filosófica logo de cara, mas confesso: os três primeiros episódios são quase monótonos, como se estivéssemos refilando o mesmo café aguado. A vibe minimalista, os corredores infinitos e o tal “refinar números” podem dar sono. Só que, lá pelo quinto episódio, a série pisa no acelerador: surgem cabras, danças constrangedoras e ameaças de ruptura literal. Os últimos capítulos entram num crescendo tão frenético que, ao final, eu já estava clicando no 2×01 com a mesma adrenalina do “fox river escape”.

Nota: 4,5 de 5 xícaras fumegantes. Meio ponto fica pelo início arrastado; todo o resto é inovação narrativa, humor sombrio e viradas que aquecem mais que espresso duplo.


Pitada de teoria ☕🔍

E se a Lumon não estiver refinando dados, mas refinando emoções humanas? Os “números assustadores” poderiam ser picos neurais; ao isolá-los, a empresa destila essências emocionais para implantar em clones. A cabra-bebê seria um “recipiente” zerado, pronto para receber uma personalidade artificial. Helly, filha de Eagan, seria o protótipo de sincronia mente-corpo — o começo de uma espécie de imortalidade corporativa. Guarde este parágrafo para quando discutirmos a Sessão 2!


E a segunda temporada?

Como bons cafeinados, já maratonamos. Mas segura a ansiedade: no próximo post eu destrincho cada virada sem piedade (e com spoilers). Por ora, basta dizer que o ritmo alucinante do final da 1ª temporada não só continua — ele duplica, triplica, ameaça fritar o chip de todo mundo…

Até lá, respondam nos comentários: você faria a Ruptura ou prefere viver inteiro, com sono e tudo? ☕🖤

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